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sábado, 19 de janeiro de 2013


MUTILAÇÃO FEMENINA   

Cultura? Barbaridade?




Também chamada de circuncisão, pode ter vários tipos de práticas.

Abscisão - Corte parcial ou total do clitóris. A abscisão pode ser realizada logo após o nascimento da menina, depois de meses, anos, ou na entrada da puberdade. É praticada por mulheres anciãs que utilizam navalhas, facas ou até pedaços de vidro, sem assepsia nem anestesia.

Labiotomia - Extirpação dos grandes e/ou pequenos lábios, muito praticada na Somália, onde 98% das mulheres foram submetidas. Está difundida também na Eritreia, Etiópia, Serra Leoa, Sudão, Quênia, Mali e Burkina Faso. Embora sejam países de maioria islâmica, a prática não é ligada a preceitos corânicos que prescrevem somente a circuncisão masculina.
Prática de há mais de 6 mil anos.

Infibulação - Procedimento em que a vagina é totalmente costurada, deixando somente uma abertura para o escoamento da urina e do sangue menstrual. Em algumas tribos, introduz-se um cano - fíbula, para manter a abertura. Muitas vezes com a abscisão do clitóris, a infibulação (com objetivo de impedir o coito) é realizada na puberdade e pode ser efetuada outras vezes  durante a vida da mulher. Antes do casamento, mulheres anciãs reabrem a sutura para propiciar o ato sexual e o parto.
A repetição da infibulação provoca distúrbios psíquicos além de hemorragias e infeções na região genital, que podem conduzir à esterilidade, infeção e morte da mulher.

As mutilações são tradições, rituais e costumes entre populações cristãs, animistas e muçulmanas.
Se a rapariga não for circuncisa é considerada impura. Este ato é um controle da sexualidade feminina por parte do homem (pai ou marido).

Mais de 130 milhões de mulheres foram mutiladas (100 milhões eram africanas) e hoje ainda 6 mil meninas são vítimas todos os dias…





No Egito, a menina que não for circuncisa é chamada de nigsa, isto é, suja.
Na Somália, uma mulher não infibulada é considerada uma mulher de costumes fáceis e, portanto, será expulsa da aldeia ou do bairro onde mora. De outras, são arrancados os genitais inteiros.
As moças africanas, que fogem dessas práticas, desonram a família, são colocadas no nível social mais baixo na sociedade étnica e têm escassas possibilidades de se casar.

Estas práticas realizam-se em 28 países do continente africano, mas também no Extremo Oriente, na Europa e nas Américas, como consequência do fluxo migratório.

A batalha contra “isto” ainda é difícil porque, para além de ser defendido como tradições culturais e tribais de há séculos, existe também o silêncio, o medo e a reticência das mulheres que enfrentam esta situação.
Contudo, muitas já se rebelam e lutam para mudar a situação, aderindo à campanha internacional “Stop-FGM. Stop às mutilações genitais femininas”, lançada pela Associação italiana de mulheres para o desenvolvimento (Aidos), em colaboração com a Associação das mulheres da Tanzânia (Tamwa) e, ainda, com a “Organização não há paz sem justiça”.


Em meados de 2011 foi aprovada pelo parlamento guineense uma lei, proibindo e criminalizando a prática da mutilação genital feminina


Trabalho de: Andreia Oliveira nº3 12ºC




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