Também chamada
de circuncisão, pode ter vários tipos de práticas.
• Abscisão - Corte parcial ou total do clitóris. A abscisão pode ser realizada logo após o nascimento da menina, depois de meses, anos, ou na entrada da puberdade. É praticada por mulheres anciãs que utilizam navalhas, facas ou até pedaços de vidro, sem assepsia nem anestesia.

Prática
de há mais de 6 mil anos.
• Infibulação - Procedimento em que a vagina é totalmente costurada, deixando somente uma abertura para o escoamento da urina e do sangue menstrual. Em algumas tribos, introduz-se um cano - fíbula, para manter a abertura. Muitas vezes com a abscisão do clitóris, a infibulação (com objetivo de impedir o coito) é realizada na puberdade e pode ser efetuada outras vezes durante a vida da mulher. Antes do casamento, mulheres anciãs reabrem a sutura para propiciar o ato sexual e o parto.
A repetição da infibulação provoca distúrbios psíquicos além de hemorragias e infeções na região genital, que podem conduzir à esterilidade, infeção e morte da mulher.
As mutilações são tradições, rituais e costumes entre populações cristãs, animistas e
muçulmanas.
Se a rapariga não for circuncisa é considerada
impura. Este ato é um controle da sexualidade feminina por parte do homem (pai
ou marido).
Mais de 130 milhões de mulheres foram mutiladas (100
milhões eram africanas) e hoje ainda 6 mil meninas são vítimas todos os dias…
No Egito, a
menina que não for circuncisa é chamada de nigsa,
isto é, suja.
Na Somália, uma mulher não infibulada é considerada
uma mulher de costumes fáceis e, portanto, será expulsa da aldeia ou do bairro
onde mora. De outras, são arrancados os genitais inteiros.
As moças africanas, que fogem dessas práticas,
desonram a família, são colocadas no nível social mais baixo na sociedade
étnica e têm escassas possibilidades de se casar.
Estas práticas realizam-se em 28 países do continente
africano, mas também no Extremo Oriente, na Europa e nas Américas, como consequência
do fluxo migratório.
A batalha contra “isto” ainda é difícil porque, para além de ser defendido como tradições culturais e tribais de há séculos, existe também o silêncio, o medo e a reticência das mulheres que enfrentam esta situação.
Contudo, muitas já se rebelam e lutam para mudar a
situação, aderindo à campanha internacional “Stop-FGM. Stop às mutilações
genitais femininas”, lançada pela Associação italiana de mulheres para o
desenvolvimento (Aidos), em colaboração com a Associação das mulheres da
Tanzânia (Tamwa) e, ainda, com a “Organização não há paz sem justiça”.
Trabalho de: Andreia Oliveira nº3 12ºC
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